quinta-feira, 24 de julho de 2008

A luz do fim do poço

Wagner Araújo


Agora, minha subida à entrada do fôço.
Estou no fundo e aqui também encontrei outros ''corpus'' não menos inocentes:

Danilo é um analfabeto funcional - aquele que quase não lê, mas fala com certa ''maestria'' - o tipo de pessoa que poderia ter vencido se não tivesse conhecido as pedras.

Camila, um doce de menina, e história de vida que supera os contos de Nelson Rodrigues.


Elaine; Vaneide; Marcela; Gisele; Claudinha; Rosana; Aninha; Júlia...

...a lista finita não haveria razão de constar na integra neste espaço;
as pessoas citadas entretanto ilustram o universo de ''corpus'' no fim do pôço e sem perspectiva de subida à boca do fôço.



Eu?
Eu estou subindo devagar; apesar de outras pedras; aquelas que se mostram comummente na rotina de todos.

Tenho, talvez falsa impressão, aparência menos sofrida, apesar de meus olhos ainda expressarem cansaço e tristeza.
Dize-se que os olhos são o espelho da alma...
Será?

Uma amiga virtual me disse; ''seus textos tem um ''q'' de depressão; tristeza''.
Às vezes concordo que algumas passagens transmitam uma leve sensação de comoção, mas minha intenção é entreter, e me comunicar com você que me dá a honra de me ''ouvir'' pois é assim que me sinto quando escrevo: Divertido!

Quanto a minha subida à boca do foçô?

Já posso vir a escuridão lá do fim do poço!

Nenhum comentário: