terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sobre a política

Wagner Araujo


A política é uma ferramenta de liderança em favor das sociedades:
usá-la com a responsabilidade e honestidade que se espera, depende antes de tudo - do respeito a si próprio de quem decida dedicar-se à vida pública.

domingo, 20 de novembro de 2011

E assim aconteceu com a cultura da música no Brasil; especificamente no Nordeste: uma verdadeira desgraça!

Sábado, 09 de Setembro de 2011

21h36

Por Wagner Araujo

No início era a música clássica, depois vieram outros estilos influenciados ou não pelas obras de Wagner, Mozart, Beethoven e outros ícones. Ao passar dos séculos a música continuou ‘’sadia’’ independente de seu conteúdo artístico. Da cultura Americana e Inglesa vieram o Rock, o Jaz, o Blues...

...enquanto isso, na Região Sul do continente abaixo da linha do equador, o Brasil, já influenciado pelo que era produzido na América e Reino Unido entrava com pé direito e muita ‘’classe’’ a partir dos festivais de música: Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso, mais uma comunidade de talentosíssimos artistas instituíam o bom da música por aqui. Outro gênio que atende pelo nome ‘’ João Gilberto’’ corria por fora com sua cria: a Bossa Nova; ‘’vírus do bom gosto’’ que contaminou a poucos, mas sem dúvida, uma obra prima! Para que a inicialmente conhecida por ‘’terra de Santa Cruz’’ (assim batizada na época do descobrimento pelos primeiros a pisarem por aqui) não pegasse no sono antes das 22hs, Roberto Carlos e o movimento ‘’jovem guarda’’ resolveram fazer fumaça (às vezes literalmente) sinalizando a existência do roqueiro - embora adormecido - que existia em cada ser racional daquela época. A garbosa música brasileira, mais tarde reconhecida internacionalmente com várias apresentações em terras distantes e ‘’canjas’’ para a televisão e outros eventos (Tom Jobim ao violão cantando com Frank Sinatra é apenas um de muitos exemplos) estava definitivamente em seu merecido lugar na história da música.

Mas a passagem para o novo milênio e as previsões de que o fim dos tempos está muito, mas muito próximo, parece se confirmar com as aberrações que explodem mundo a fora em todas as áreas: nas artes, o lixo musical que se produz em larga escala é uma das delas...

...e pensar que com a democratização da tecnologia a coisa só viesse melhorar (...)

Os anos 1980, de longe, parecem os mais - digamos - de vanguarda na música mundial. Mas vamos falar só Brasil: Titãs, Legião Urbana, Ultraje a rigor, Kid Abelha, Ira! Lobão, Paralamas do Sucesso, e mais uma pá de banda, compositores e cantores geniais (ou não), deram enorme contribuição à música brasileira. Faça uma comparação com o antes e depois daquele decênio.

Ainda na época da ‘’guerra fria’’, a Bahia, logo ela - berço de gênios da música brasileira - ensaiava os primeiros passos rumo à desgraça musical: Muita calma nessa hora! Voltando a fita: antes – na época das espinhas no rosto e quando eu passava mais tempo que o necessário no banheiro para se tomar um banho - odiava os sucessos do Olodum, da Banda Reflexos, e outros grupos do chamado ‘’Afoxé’’ que conseguiam romper a as fronteiras radiofônicas da terra onde teriam desembarcado os primeiros que aqui chegaram há mais de 500 anos, pois a minha cabeça só pensava o Rock e a música eletrônica. A verdade é que aqueles grupos do Afoxé soteropolitano davam verdadeiras aulas de história com suas composições; o que dificilmente poucos garotos na faixa etária dos 15 anos dariam importância.

Com as bandas e os cantores que surgiram ainda nos anos 1980, a ‘’era de ouro de da música brasileira’’ parecia plagiar o sonho do alemão Adolf Hitler com sua paranóia de fundar um reinado que durasse mil anos. A comparação com o desvario do doido do Hitler é valida considerando a proposta brasileira. Mas o destino ou a falta de boa formação cultural e moral de nossa sociedade não permitiu que os nascidos após a penúltima década do século XX continuassem a evolução artístico-musical. De início a esculhambação se deu a partir de dois pontos do nordeste - mais um terceiro que será destacado mais à frente: na Bahia, as aulas de história dos grupos de afoxé eram substituídas pela ‘’Dança na boquinha da garrafa’’; no Ceará - mais precisamente em Fortaleza, o ‘’Mastruz com Leite’’ serviria de embrião para vinte anos depois de suas primeiras composições ( embora estas falassem de amor num ‘’forró estilizado’’) nascessem bandas de ''forró'' produzindo verdadeiras baboseiras musicais do tipo ‘’beber, cair e levantar’’. Quanto ao terceiro ponto geográfico, o estado do Pará deu sua contribuição para a desgraça musical que retrata este texto, com seu nocivo ‘’tecnobrega’’.

Chegamos ao décimo primeiro ano do século XXI: Cruzando as ruas e avenidas dos principais pontos de comercio do grande Recife, empurrados por uma legião de pobres diabos, os carrinhos com som, cheios de CDs piratas, quebram o silêncio inexistente com o novo lixo musical, nocivo, criminoso e lascivo dos assim chamados Mcs: ‘’O que é que essa novinha tá querendo? Tá querendo é? Então vai ter pressão! No quarto de motel ela vai sentir o gosto do meu mel’’. ‘’15 anos para mim já é coroa’’. Além dos péssimos arranjos musicais, estes são trechos de alguns ‘’hits’’ que no mínimo fazem apologia à pedofilia: espólio de uma cultura!

Fica a dica para o Ministério Público fazer sua parte e enquadrar em seu devido lugar os ‘’artistas’’ assim chamados ‘’populares’’.

Censura? Não!

Liberdade de fato!



Por que anunciar no meio Rádio?

O rádio está junto ao consumidor na hora da compra.

Segundo as pesquisas realizadas, o rádio é o veículo que está junto a 93% dos consumidores na hora que antecede a compra.

As pessoas passam mais tempo ouvindo rádio.

Para convencer o consumidor o comercial tem que ser ouvido várias vezes ao dia; O rádio é o veículo que ele mais ouve, em média 3 horas e 45 minutos por dia.

Consumidor passa 17% mais tempo com o rádio que outros meios.

Pesquisa do Ibope confirma que as pessoas que fazem compras passam em média 17% mais tempo ouvindo o rádio que vendo a televisão, lendo jornal, revista ou internet - o que dá a seu comercial 17% mais chance de ser absorvido.

O rádio chega onde outros veículos não.

O rádio é o único veículo que atinge o consumidor em qualquer lugar: começando o dia com o rádio-relógio, sendo companhia no café da manhã, no ônibus e no carro, a caminho do trabalho, no restaurante ou na lanchonete, na praia, na fazenda, no cooper e na bicicleta com o walkman (possuído por 51% da população), ao lado, enquanto navega na internet. Enfim, o rádio é o único veículo que tem um público exclusivo, enorme e pronto para receber sua mensagem.

O rádio está em 99% das casas.

Além desta vantagem nas casas, o rádio está em 83% dos carros.

O horário nobre do rádio dura 13 horas.

O rádio é imbatível das 6 horas da manhã até as 19 horas. São quatro vezes mais eficiência a favor do rádio, uma das razões do grande crescimento do veículo nos últimos anos.

Uma produção de alto nível no rádio custa 95% a menos.

Isto porque o rádio usa a imaginação do consumidor. Ex.: quando você mostra uma "bela mulher" nos outros meios, ela pode ou não agradar o consumidor. Mas se você diz a ele, no rádio que ali está uma "bela mulher", ele imagina a mulher de seus sonhos.

Exemplo do poder do meio rádio:


DIAS

POPULAÇÃO (em %)

Em 01 dia o rádio consegue cobrir

66% da população

Em 02 dias o rádio consegue cobrir

78% da população

Em 07 dias o rádio consegue cobrir

95% da população

Em 15 dias o rádio consegue cobrir

97% da população

Fonte: IBOPE

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dois dias em companhia dos viciados em crack

Por Wagner Araujo


Existem dois tipos de miséria: a social e a cultural. A última é a pior!

O ser humano é por natureza atraído pelo que é fácil. Tudo que não exija esforço lhe será mais atraente.

Estive por dois dias acompanhando um grupo de viciados em crack estabelecido sob o pontilhão do metrô na estação de Afogados no Recife. Ali, pude ver quão o problema das drogas e indigência - os viciados moravam na rua - dificilmente será resolvido. A facilidade para se conseguir dinheiro, comida e a droga era grande. Com o dinheiro ganho na lavagem e ‘’guarda’’ dos carros estacionados naquela área, os ''programas sexuais'' feitos por garotas também viciadas na droga (elas são maioria nessa população) mais um contingente não mergulhado até o pescoço no crack - embora usuário frequente, que sempre visita aquela área para comprar o entorpecente: e aí se constituía outra via ao crack, quando os ''aviões'' (pessoas que pegam o dinheiro do interessado na droga indo até o traficante fazer a compra ganhando parte do negócio em dinheiro ou mesmo no produto), somando todos estes pontos, é possível manter a rotina de consumo da droga. Com tanta ''serventia'', os roubos ficam em terceiro plano. Um dos moradores do pontilhão, segundo ele, ex- estudante do curso de Direito, quando o abandonou no quarto período - Felipe, nome real, com 27 anos de idade, me disse: ‘’roubar, só se o vacilo da pessoa for muito grande...

...caso contrário, o risco não vale à pena!’’ A facilidade à droga, comida e bebida é grande: ’Eu trabalho com a cabeça e não com a emoção’’ finalizou o ex- estudante de direito, hoje viciado em crack e, morador de rua.

A população de viciados parece estar ganhando gente de ‘’destaque’’. O suposto ex-estudante de direito não era o único. Ali, conheci estudante de ciência da computação, caminhoneiro, professora, advogado formado e um médico; todos com o conhecimento acerca de tudo na ponta da língua; habilidades só desenvolvidas através de uma vida realmente vivida no passado. Hoje, são mortos vivos à espera da próxima pedra que, sem muito esforço, certamente não haveria por se demorar.