quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Senhor sem pudor

Wagner Araújo


O que não quero pra mim
Uns poucos muito têm.


Uns poucos muito têm o que não quero pra mim...
Dinheiro vil.


Estou muito atraz de quem sou realmente!
Sou forte!
Sou fase!
Sou carne!
Sinto dor !
Estou muito atraz de quem realmente sou.

Sinto dor...

Estou muito atraz de quem sou realmente.

Sou isso!
Abrigo.
Senhor sem pudor.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Faltou criatividade Mané!

Por Wagner Araújo


As novelas divertem sim... observar e prestigiar atores e tramas é justo.
Eu gosto!
Sem essa frescura e hipocrisia de: há! A novela deturpa; atrofia; ou sei lá o quê... a cultura, os lares as pessoas.
Que nada!
Tem novela que é boa mesmo e pronto!

Quando a educação em casa é de qualidade, não é uma novela que vai deteriorá-la

Mas...
A cena da morte do Sr. Gonçalo na novela ''A favorita'' da Rede Globo vixe!!!Faltou critaividade do Mané!

O episódio para matar o personagem Gonçalo - Mauro mendonça - Foi de uma falta de criatividade ou vontade de raciocinar descumunal do Escritor João Emanuel.

Aquela situação de Flora - Patricia Pilar - Simular o duplo assassinato da mulher e neta do personagem Gonçalo, esperando ele ter um ataque do coração fulminante; sem contar o ''pastelão'' à lá Alfred Hitchcok via Zé do caixão na cena em que Flora dece as escadas no escuro com aquele lampião na mão e o vestido, branco é claro, sujo de sangue foi ridícula.

Meu filho Mané:
O telespectador não é mané!

O sr. perdeu uma bela oportunidade nessa hora, mediante sua falta de criatividade, pedir ''ajuda'' ao telspectador para um cena convincente.
Seriam dois coelhos com uma tacada só.
Com certeza, almentaria a audiencia, além de prestigiar aqueles que acompanham a trama das ''8''.

Sugestões:. Que tal um acidente fatal de trânsito; ou um assalto na hora em que o Sr. Gonçalo vai entrgar o dinheiro ao Dodi e, ele, sr. Gonçalo, beleado e morto por assaltantes de plantão nas noites Paulistanas tão violentas?

Sei lá seu Mané...
Há tantas situações convincentes e lógicas, considerando um obra de ficção.
Qualquer coisa estou a disposição.
Um abraço.

Eu.

Espearar num consultório

Wagner Araújo
(2002)
A OBRA

Esperar num consultório onde esperam outras pessoas
Tv ligada para entreter
Conversas alheias pra satisfazer
A incontrolável vontade de ter o que dizer

Inventar, copiar, imaginar, agradecer, satisfazer,
A incontrolável vontade de ter o que dizer

Esperar num consultório uma notícia boa
Uma notícia ruim, Tanto faz pra mim...
Se viemos ao mundo pra ficar doentes.
Se viemos ao mundo pra contaminar.
Se viemos ao mundo pra retransmitir coisas boas ou más.
Se viemos ao mundo pra compartilhar o mesmo ar.

Esperar num consultório olhando para as paredes
Encontrando um relógio vendo o presente passar.
O futuro chegar e mais um monte de gente a falar.
Eu pude ter a certeza da necessidade de satisfazer
A incontrolável vontade de ter o que dizer.

Esperar num consultório o resultado final.
A prova cabal que o mundo é animal.
Esse desejo muito louco de falar da vida cheia de problemas,
É mais um sinal de desespero em preencher o vazio em cada um de nós;
Espaço aberto pela falta de vontade de correr atrás...
Eu pude ver: É a necessidade de satisfazer
A incontrolável vontade de o que dizer.

Esperar num consultório vendo o filme da vida passar.
Lembranças doces.
Lembranças amargas.
Horas desperdiçadas
O pensamento em um dia de tudo ter...
E a necessidade de satisfazer a incontrolável vontade de ter o que dizer.

Esperar num consultório a hora de se submeter,
Ficar vulnerável à outra pessoa igual a você
E diferente por saber demais, dos canais vitais.
Que te mantém aceso e ao mesmo tempo inerte.
Diante da necessidade de satisfazer
A incontrolável vontade de ter o que dizer.