domingo, 4 de janeiro de 2009

Eu quero anistia do que não quero pra mim

Wagner Araújo


Noite.
Quase ninguém.
Igreja vazia.
Vento vem e leva o tempo.
O vento é materia do tempo.


O Lixo...
Se não fosse o lixo alguém nada teria;
e ter algo não é poder.
Eu posso, e o pouco que posso quase nada me dá.


Agonia vem...
Eu quero anistia do que não quero pra mim.
E o que não quero pra mim quase todo mundo têm:
Dinheiro;
O sétimo sêlo;
O primeiro desejo.

Noite passada sonhei com você.
Me davas a chance que nunca imaginei.
Seria um prazer
Cantar com você canções que já ouvi; Já me deram prazer; Me fizeram dançar.
Nunca cantei pra você e já cantaste pra mim.


O Natal vai chegar.
Há luzes no ar e o sono não vem.
Preciso acordar amanhã
e mais um dia sem nada passar.


Um comentário:

Anônimo disse...

Puxa Wag.... Gostei deste texto... a vitória está próxima.
Abraços!!!!
Sandrinha